quinta-feira, 2 de junho de 2011

Especialista lista tendências de mercado para empresas sustentáveis em 2011


Postado em Empreendedorismo em 07/02/2011 às 20h10
por Redação EcoD
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Given aconselha os empreendedores a ficarem atentos às escolhas do consumidor/Foto: FreeDigitalPhotos
Alguns especialistas preveem que 2011 será um ano pontual para muitas empresas verdes quanto à competição no setor da sustentabilidade para criação de inovações. Segundo Kerry Given, consultor de mercado e escritor do livro "No-Hype options trading" ("Sem exageros em opções de negociação", em português), uma das medidas a serem tomadas para se manter no mercado é ficar atento às escolhas do consumidor.
Given, assim como Jill Fehrenbacher, CEO do site Inhabitat, listou alguns temas e orientações para que o empreendedor siga atento às movimentações do mercado sustentável:
Consumo Colaborativo
O consumo colaborativo é um termo utilizado para descrever os diferentes modos de uma família poupar dinheiro e reduzir o próprio consumo, seja por meio do escambo, trocas, ou propriedades fracionadas de produtos. Given entende que, em uma economia dependente do consumo, isso pode ser uma tendência perigosa até mesmo para empresas verdes dedicadas ao princípio dos três Rs. No entanto, o especialista acredita que a novidade oferece diversas oportunidades para empreendedores, inclusive na web. Essa realidade já é experimentada por sites de aluguel e escambo, como o Freecycle, o Etrocas e o Xcambo!.
Eco-Superior
Outra consequência da recessão é o declínio na venda de produtos projetados para se tornarem obsoletos em pouco tempo. Eles não são mais viáveis para consumidores que não querem investir dinheiro em gastos desnecessários e esperam maior qualidade e durabilidade.
Isso não só servirá para que os consumidores poupem mais, mas também ajudará na preservação de recursos naturais e redução da quantidade de lixo.
Reduzir, reciclar e reutilizar
As preocupações quanto ao lixo e à diminuição de recursos cresceram e alguns negócios passaram a se preocupar com a redução do desperdício e do consumo. Um deles é a Recycle Match, que passou a operar com a filosofia de que "o lixo de uma companhia é também o seu tesouro", e começou a guardar restos de vinil de outdoors e tecidos de poliéster para outros negócios que precisam dessa matéria-prima.
Fundada em 2009, a Recycle Match já ajudou a manter mais de 3 milhões de restos de material fora dos aterros sanitários.
Compras sociais e grupos de compras
As compras sociais surgiram há muito tempo com a recomendação de produtos entre vizinhos, mas com o advento da internet essa prática estourou em popularidade. Sites de comércio eletrônico como o Amazon pedem aos seus usuários que comentem ou indiquem seus produtos favoritos aos amigos por meio de redes sociais.
Outra tendência de consumo são as compras em grupo. O sucesso do grupos de compras começou com o Groupon, empresa que lançou um sistema de divulgação de promoções de serviços. A intenção é reunir um grande número de pessoas compradoras de cada produto, sejam os consumidores conhecidos entre si ou não.
Transportes alternativos
O crescimento do setor de transporte alternativo é outra tendência, e deverá influenciar o preço dos combustíveis em 2011. Novos modelos a serem lançados pela Nissan e a Volt esperam vender 100% dos primeiros lotes já neste ano.
O setor de transportes e automóveis também verá um crescimento no consumo colaborativo. Empresas como a ZipCar e a locadora Hertz já trabalham com serviços de caronas ou locações fracionadas, em que vários usuários dividem o mesmo automóvel.
Fazenda urbana
Mais e mais consumidores buscam por frutas, verduras e legumes orgânicos e locais, por se preocuparem com os impactos ambientais que a produção convencional de alimentos acarreta. Enquanto alguns procuram nos mercados produtos de fazendas urbanas, outros passaram a produzir seu próprio alimento no quintal de casa.
Felizmente um esperto grupo empresários sustentáveis começou a investir em agricultores urbanos e suburbanos para a produção de alimentos hidropônicos e outras técnicas mais saudáveis.
Ações locais
O setor de alimentos não é o único em que organizações e negócios verdes estão investindo em soluções locais. Com muitos ambientalistas desapontados com as ações globais de combate ao aquecimento global, eles passaram a focar as ações em nível local. Um exemplo é a mobilização pela conscientização realizada pela 350.org antes da COP16.
Negócios locais também podem se beneficiar dessa tendência graças a uma maior sensibilização da comunidade para as questões ambientais em busca de sustentabilidade no próprio bairro.
Investimentos sustentáveis
Alguns analistas de mercado preveem que 2011 será um forte ano de Ofertas Públicas Iniciais (OPIs), especialmente na área de tecnologia limpa. Algumas organizações sem fins lucrativos, incluindo a Water.org e a Energy in Commom, estão aplicando o modelo de microfinanciamento para apoiar projetos ambientais de design em pequena escala, e assim melhorar o acesso a água limpa e energia renovável nos países em desenvolvimento.
Florestas
As Nações Unidas declararam 2011 como o Ano Internacional das Florestas, por possuirem um grande papel no desenvolvimento da sociedade. Elas são responsáveis por parte da mitigação das inundações e desabamentos que podem ter custado muitas vidas de homens e mulheres compatriotas de madereiros ilegais em países como o Brasil e a Austrália, que foram atingidos por graves inundações e deslizamentos de terra recentemente, em parte, por culpa do desmatamento.
Given sabe que tendências de mercado vêm e vão, e nem aconselha que um negócio sustentável tente realizar todas as ações listadas acima. Entretanto, ficar por dentro do que acontece no mundo dos negócios sustentáveis é um modo de garantir que a sua empresa se mantenha atualizada, flexível e criativa em face aos novos desafios e oportunidades que irão surgir.

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